Ala de compositores, ao longo de sua história, vem fazendo verdadeiras declarações de amor ao Vai-Vai! Já faz 79 anos, que os compositores do Vai-Vai vêm abrilhantando a nossa escola com seus sambas em engrandecimento da nossa história. Sem dúvidas é a ala de compositores mais antiga de São Paulo, uma vez que, desde os anos 20 já havia compositores fazendo sambas para o então Cordão Vai-Vai. Com a transformação em 1971 do Cordão Vai-Vai em Escola de Samba, houve para o carnaval de 1972, uma disputa entre três sambas compostos por Penteado, Carioca e Zé Di, sendo este último, o vencedor. Foi a partir desta data, que a ala de compositores começou a se firmar. Já 1973 a disputa foi entre 10 compositores e a dupla vencedora foi Celso e Castelo, ambos componentes do grupo Imperiais do Ritmo. Para o carnaval de 1974 a disputa foi mais acirrada, sendo os vencedores: Théo da Cuíca, Bulau e Dominguinhos (na época ainda não era Dominguinhos do Estácio e sim Dominguinhos de São Carlos), que nos deu a honra de puxar o samba na avenida. E em 1975 o grande vencedor foi Osvaldinho da Cuíca, sendo que este com o senso de organização que tem em 24/08/1975 fez com que a ala fosse oficializada, fazendo parte desta oficialização os senhores: Fernando Penteado, Osvaldinho da Cuíca, Namur, Serginho, Tadeu daMazzei, Elisbão do Cavaco, Abate, Théo da Cuíca - Fininho, Macalé do Cavaco, Papete, Bulau, Walter Babu, Lírio, entre outros. O compositor Fernando Penteado, neste ato, foi agraciado com a carteira de compositor n° 01, por ter ele começado o trabalho de reestruturação da ala em 1971, e o grande Osvaldinho da Cuíca foi nomeado o primeiro presidente da Ala de Compositores, sendo sucedido por Penteado, depois Walter Babu, Alemão, Afonsinho, Jacó e Borrão. Esta presidência que ao longo destas três décadas, foram se alternando entre os mesmos, até que em agosto de 2006 assume a presidênc ia da ala o sambista CAIO que há tempos atrás, fez um magnífico trabalho junto à Bateria, mas sempre esteve ligado a música, ora como intérprete, ou como compositor em grupos de pagode e em Blocos Carnavalescos com os quais foi por diversas vezes campeão. Nesta ala já passaram grandiosos e saudosos sambistas, entre eles: O mestre Geraldo Filme, Macalé do Cavaco, Jacó, Valter Pinho, Osvaldo Arouche, Alemão, Bentinho, Bulau, Odair Fala Macio, Mestre Feijoada e Paulo Pires, sem falar dos compositores que participaram da fundação da Escola, como Henricão, que fez os primeiros sambas para o então Cordão Vai-Vai, nos anos de 1928/29/30/31 e, logo depois, Tino, Leco e Guariba fizeram grandes sambas que se tornaram antológicos, a exemplos destes: QUE BARULHO, QUE BARULHO É AQUELE. - SAUDADES VÊM PARA O MEU CORDÃO. - AGORA QUE EU QUERO VER VOCÊ CHORAR. - O VAI-VAI E O CAMPEÃO DO CARNAVAL PAULISTA. De 1968 a 1970, o Sr. Lourival Leite de Oliveira, mais conhecido como (Carioca), foi absoluto e, de 1971 pra cá, tivemos compositores como: Lírio, Papéte, Zédi, Vela Preta, Mario Sérgio, Ronaldinho Fundo de Quintal, Almir Guineto, Luverci, Chapinha, Borrão, Fernando Bom Cabelo, Showchão, Tadeu Gordo, Paguera, Nelsinho (Mamãe), Serginho, Galo, Eliana Estevam, Celso Prudente, Luizinho SP, Paulo Pires, Afonsinho, Serjão, Guinão, Amaral, Ari, Giovane, Zé Carlinhos, Zeca, Naio, Luiz Henrique, Vermelho, Zeca Policia, Coke, Ely Perois, Nego Alex, JB, Dr.Charles, Elias Gomes, Tatu, Tico, Chamego, Da Mata, Rose do Rio, Mineiro, Benson, Amauri, Bira Moreno, Jaca, Fernando (Criolé), Nadão, Ademir, Olimpo, Heitor, Carlinhos Barbante, Cagoba, Curti, Chilim, Vagner Santos, Fra, Jéferson, Paulo, Helio, Marcos Leite, Tarcisio, Reginaldo, Danilo, Vagão, Estevam, Oscar Donizete, Tatuzinho, Luizinho Trovão, Amauri, Carlão, Claudinei, Chicão, Turquinho, Mariano,Marquito, Ari, Neck's, Carlinhos do Vai, Corvinho, Noguinha, Dra. Vânia, Wilma Correia, Mazzé, Angélica, Álvaro, Japolé, Elizete Rosa, Washington, Betinho Mulata, Emilio, Enio, Mello, Jorge Eduardo, Luiz César, Humberto, Jimi, Neno, Rodney, Valter Camargo, Walter Fuzinato, Robson, Luiz César, Sahra, Dudão entre outros, que tiveram uma curta passagem pela ala. Grandes Intérpretes fizeram parte da história do Vai-Vai, nos tempos do Cordão, onde podemos citar as pastoras como Dirce Penteado que entre os anos 40 e até a metade dos anos 50 dominou o canto da escola, e depois a considerada Lucíola e a grande Tininha, nos anos 50 e 60 fizeram parte do coro feminino que segurava o canto do Cordão. Zé Di foi o último compositor e intérprete da era Cordão em 1971 e o primeiro compositor e intérprete da era Escola de Samba, no ano de 1972. Daí pra frente grandes interpretes se revesaram na Escola tais como: Dominguinhos do Estácio, Carlão, Chuveiro, o nosso considerado Sol, Aldo Bueno, Agnaldo Amaral, Deníl son, Gilsinho, o grande Thobias da Vai-Vai, JB, René Sobral, Rubinho, Vaguinho e, hoje, a responsabilidade de levar o samba na avenida, está sobre o comando de Carlos Junior, que tem o apoio nas vozes de Afonsinho, Washington, Keli, e Fabiano Fernando. Os compositores e intérpretes são responsáveis pelas grandes declarações de amor à escola (samba exaltação) e pelos grandes sambas enredos que levam a galera à loucura durante os desfiles. Hoje, a ala de compositores é formada por quarenta e quatro compositores quatorze intérpretes dez músicos e três mestres de cerimoniais. Além dos compositores e intérpretes, a ala conta com pessoas que cuidam da parte administrativa, como: Renata, Zenaide, Baiana, Marcos Leite, Paulo e Hélio. O sucesso da ala está em seus componentes, porque a maioria foi formada dentro da própria Vai-Vai. Isto, na certa, nos credencia a sermos o que somos: a melhor Ala de Compositores de São Paulo! O compositor é um s er privilegiado! Ainda mais quando se é um compositor desta grande Escola de Samba, que teve em seu elenco artistas do mais alto nível, a exemplo do saudoso Henricão, que foi o precursor da ala. Que todos continuem fazendo mais e mais os grandes hinos que são verdadeiras declarações de amor ao nosso Vai - Vai! E para dignificar ainda mais a ala de compositores e interpretes, é nos dada à honra de termos como Madrinha a notável sambista Beth Carvalho. Bem, acho que já deu para perceber a grande responsabilidade que temos em continuar com este trabalho maravilhoso que estes notáveis sambistas nos deixaram.Por: Fernando Penteado
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